domingo, 15 de maio de 2011

E os dedos agradecem...



Com aproximadamente 30 dias sem escalar meu bom humor já estava sendo contestado por pessoas próximas. Realmente acredito que ao ficar muito tempo sem estar em contato com a rocha, na companhia de escaladores amigos e rodeado de belas paisagens e "ar puro", o humor começa a abalar pois encontro na escalada uma forma de recarregar a bateria, esquecendo da correria do dia- a -dia.
Durante a semana combinei com o parceiro e amigo Júlio de escalarmos em Treze de Maio, a intenção era de trocar os pinos da parada na via Caninana. Quinta-feira após a aula de condicionamento físico o Fernando, outro amigo, perguntou sobre as escaladas e comentei que iria escalar sábado. Mesmo sabendo das dificuldades que ele teria, o convidei para nos acompanhar, na hora ele aceitou.
Com a chuva batendo na porta e trazendo o a vontade de desistir dos companheiros, consegui convence-los de escalar, porém mudamos a programação e seguimos o mais rápido possível para o local na intenção de fazer a via Chimarrão com Mel, para o Fernando ficou perfeito, não fosse a tal da chuva. Foi só chegar que as gotas de água começaram a cair timidamente do céu já escurecido, novamente os companheiros se abalaram e cogitaram voltar outro dia, minha vontade de escalar era muito maior e mesmo com a garoa tomei a ponta da corda e segui em frente, ou melhor, a cima. Chegando na primeira parada, aquele chove e não molha parou e ambos subiram mais tranquilos até meu encontro. Sabendo que o segundo esticão é a parte mais técnica e dificil psicológicamente da via, ciente da rocha já estar molhada, aproveitei que parou de chover e resolvi ir até o fim, não seria justo trazer o Fernando e subir apenas até a metade da via, seria como chegar a final de um campeonato invicto e não sagrar-se campeão (MEEEEEEEEEENGO!!). Na verdade não aceitaria depois de tanto tempo sem escalar parar na metade da via, segui subindo.... foi só chegar na parada que novamente a chuva veio e dessa vez mais forte. Ainda bem que já estava em alto, imagine fazendo aquele trecho de 25 metros entre a ultima proteção e a parada com chuva, aquele rampão se tornaria um toboagua! Era a vez de eles subirem mas a chuva não deixou, realizado, aceitei descer e fiquei de trazer o Fernando outro dia, seria ruim para ele passar aquele lance. Preparei o rapel e todos descemos, já era noite quando chegamos nas motos, mas a escalada valeu muito a pena!!


Valeu Júlio e Fernando pela parceiria.


Quarta-feira é dia de treino na academia.


Abraço



OPEN DE ESCALADA